Saímos de trem de Veneza com destino a Munique. A viagem foi um pouco demorada (6 horas), mas acredito que de avião iríamos demorar quase o mesmo tempo, contando ida ao aeroporto, check-in, esteiras, etc, etc...
Foi uma viagem bonita, passamos pelos Alpes, pela Áustria e no caminho vimos belas paisagens. Ainda no Norte da Itália, as placas indicativas estavam escritas em italiano e alemão. As placas abaixo marcavam a divisa entre a Aústria e a Itália.
Divisa entre a Áustria e a Itália, a caminho da Alemanha. |
Nosso trem chegou a Munique já a noite. Não conseguimos fazer nada naquele dia, e na Estação Central (Hauptbahnhof) já compramos o nosso jantar (um lanche para levar ao hotel). Ficamos no Hotel Ibis München City, muito próximo da Estação de Trem e a 10 minutos a pé do Centro Histórico. Os hotéis Ibis são sempre iguais, mas cada lugar tem sua tradição e sua culinária. Podemos ver isso no café da manhã, que na Alemanha trazia muitos ingredientes familiares, já que fomos criados em uma cidade com forte influência germâmica.
Karlsplatz- parte de uma fortaleza medieval em homenagem ao príncipe Carlos Teodoro |
Tínhamos pouco tempo para ver a cidade, apenas um dia, então elencamos as atrações que mais nos atraíam. Já na entrada do centro histórico, vemos a Karlsplatz, com a Karlstor (portão de Carlos). Esta é a entrada oeste da cidade antiga.
É muito legal andar por Munique. As pessoas, as construções e o agito da cidade grande sempre são novidades para nós. Mas nisso tudo vemos que os Alemães curtem a vida nas várias cervejarias espalhadas pela cidade.
O caminho até a chegada a Marienplatz é muito legal, pode se curtir bastante. Antes da 9:00h há bem pouca gente na rua, o que facilita as fotos. Na Marienplatz, há a famosa Neues Rathaus- nova prefeitura, que além de ponto turístico abriga um escritório de turismo em seu pavimento térreo. Vale a pena conferir mapas e dicas de passeios. Todos os atendentes falam inglês, sem stress.
Neues Rathaus em reformas e a torre da glockspiele. |
A Rathaus estava em reformas, mas foi possível ver a dança dos bonecos que ficam na torre central. Esta dança, chamada de Glockenspiel, acontece duas vezes por dia, às 11:00h e as 17:00h e muita gente vem para vê-la. Todas as pessoas da praça páram para ver e ouvir. Imperdível.
Cachorros em todo o lugar. No açougue, na Viktualienmarkt, alguém achou um jeitinho de estacioná-lo! |
Muito próximo da Marienplatz, fica o realmente imperdível Viktualienmarkt. É uma feira livre muito organizada, ao redor de um gigante biergarten- jardim da cerveja. Neste local vende-se, além de cerveja, pães, mel, verduras, sucos, conservas, artesanto e muitas coisas legais. É tudo muito organizado, onde os moradores almoçam, conversam e descansam. É bem arborizado, você pode pegar um prato e sentar, curtir.
Há algumas mesas reservadas para as barracas de salsicha e batatas, pratos típicos. Mas se você sentar nestas meas, deverá pedir seu prato à garçontete. O problema é que o cardápio é em alemão e a garçonte só sabe falar "not self service" em inglês. Dá para passar muito tempo neste local. Adoramos.
Biergarten da Viktualienmarkt. Adoramos. |
Viktualienmarkt |
A feira, com verduras belíssimas e outras que são típicas da Europa. |
As cervejas e seus copos gigantescos são um capítulo a parte, e quem como o Johny, aprecia a bebida irá adorar. A dose mínima é de 500 mL, mas como se está no paraíso das cervejas, o caneco de 1 litro não pode passar em branco. Além do Viktualienmarkt, também fomos à Cervejaria Hofbrauhaus, que à noite possui bandas típicas para animar a galera. Parece um pavilhão da Oktoberfest de Blumenau, cheio de mesas, mas sem nenhum espaço para dançar. Eles não dançam como nós, não...
Para quem, como nós, possui famílias com origem germânica e vê pratos típicos alemães desde que nasceu, não poderia deixar de provar alguma iguaria direto de Munique. Então escolhi uma salsicha pela aparência e a bradwurst, vermelha e assada, foi a melhor pedida. Acompanhamento, podia escolher pretzel, salada de batatas ou sauerkraut, o nosso popular chucrute.
Eliziana em pose com o caneco (só para foto, pois não bebo cerveja), bradwurst e pretzel. |
Para chegar a alguns lugares, precisamos andar de metrô. Os metrôs e trens de Munique são muito organizados, fáceis de andar. Como queríamos muito ver a Allianz Arena, palco de jogos da Copa do Mundo da Alemanha-2006, pegamos o metrô e com o mapa em mãos não teve erro. A construção destaca-se por si só. Essa é uma das maravilhas da arquitetura, a mudança da paisagem e a valorização do espaço urbano.
A construção realmente impressiona e vale a pena andar bsastante até chegar no estádio. O projeto é do premiadíssimo escritório suíço Herzog e de Meuron. Entramos no estádio, tiramos algumas fotos e depois fomos ao Parque Olímpico.
Allianz Arena |
Allianz Arena e seus painéis de vedação em forma de diamante, que dão uma aparência única à edificação. |
Já cansados de tanto andar, fomos de trem ao Olimpiapark, o parque Olímpico constrúido para as Olimpíadas de 1972. É um lugar lindo, muito utilizado pelos moradores de Munique para caminhar, praticar esportes e fazer um happy hour. Incrível constatar que, mesmo nos dias de hoje, todo o complexo, projetado no início da década de 70, ainda continua muito moderno, com suas estruturas de aço e seu policarbonato curvo. O local é belíssimo e imperdível.
Anexo ao parque, há o BMW Museum, que estava em construção em 2007, mas em 2009 estava aberto e pudemos visitar. Vale a pena.
A artquitetura do Olimpiapark, edificado para as Olimpíadas de 1972. |
FÜSSEN- SCHLOSS NEUSCHWANSTEIN
Este foi um destino que descobrimos, conversando com nosso colega Ronis, que morou na Alemanha, e nos disse que este era um lugar imperdível. Os guias de viagem não dão destaque ao lugar, por isso vale muito a pena falar com quem já viajou antes de montar um roteiro.
Não poderíamos passar sem conhecer este lugar. Um dia de viagem deve ser reservado para o passeio. Pode-se pegar um trem na estação central e em uma hora chega-se à pequenina cidade de Fussen. Lá pega-se um ônibus, que já está esperando na estação, rumo à base da montanha onde se localiza o castelo. É lá que compra-se os tickets para entrar e há restaurantes, pousadas e lojinhas de souvenires.
O lugar parece ter saído de uma pintura. É muito bonito e as construções típicas, dão um ar de romantismo à paisagem. Não é a toa que o lugar faz parte da Rota Romântica alemã.
Não é lindo este lugar? A caminho do Scloss Neuschwanstein . |
Chegando ao castelo, escolhe-se um idioma para fazer a visita guiada. Há em inglês, espanhol, mas em português, nein, nein.. Assim, aprende-se tudo sobre a história do lugar e da construção. Foi lá que viveu o Rei da Baviera, Ludwig II, e o castelo é muito suntuoso por dentro. Uma maravilha ainda mais se considerarmos o difícil acesso ao local e a data de construção 1869-1886.
Schloss Neuschwastein |
A entrada do castelo |
A caminho do castelo |
JAGERHAUS- hotel e restaurante, na base da montanha do castelo. |
A subida da montanha não é fácil. Pegamos um microônibus até um ponto da montanha e de lá todos devem ir a pé. Não recomendo ir a pé desde a base, é muito longe. E o trecho obrigatório que se deve ir a pé é bem difícil e íngreme. Acreditem, idosos, crianças e cardíacos, nem pensar...
Parabéns pela viagem, ótimas dicas. Qual empresa de trem que faz Veneza para Munique? Precisa comprar com antecedência? Abs.
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