8 de jan. de 2011

MUNIQUE

Saímos de trem de Veneza com destino a Munique. A viagem foi um pouco demorada (6 horas), mas acredito que de avião iríamos demorar quase o mesmo tempo, contando ida ao aeroporto, check-in, esteiras, etc, etc...
Foi uma viagem bonita, passamos pelos Alpes, pela Áustria e no caminho vimos belas paisagens. Ainda no Norte da Itália, as placas indicativas estavam escritas em italiano e alemão. As placas abaixo marcavam a divisa entre a Aústria e a Itália.

Divisa entre a Áustria e a Itália, a caminho da Alemanha.

Nosso trem chegou a Munique já a noite. Não conseguimos fazer nada naquele dia, e na Estação Central (Hauptbahnhof) já compramos o nosso jantar (um lanche para levar ao hotel). Ficamos no Hotel Ibis München City, muito próximo da Estação de Trem e a 10 minutos a pé do Centro Histórico. Os hotéis Ibis são sempre iguais, mas cada lugar tem sua tradição e sua culinária. Podemos ver isso no café da manhã, que na Alemanha trazia muitos ingredientes familiares, já que fomos criados em uma cidade com forte influência germâmica.

Karlsplatz- parte de uma fortaleza medieval em homenagem ao príncipe Carlos Teodoro
Tínhamos pouco tempo para ver a cidade, apenas um dia, então elencamos as atrações que mais nos atraíam. Já na entrada do centro histórico, vemos a Karlsplatz, com a Karlstor (portão de Carlos). Esta é a entrada oeste da cidade antiga.

É muito legal andar por Munique. As pessoas, as construções e o agito da cidade grande sempre são novidades para nós. Mas nisso tudo vemos que os Alemães curtem a vida nas várias cervejarias espalhadas pela cidade.
 O caminho até a chegada a Marienplatz é muito legal, pode se curtir bastante. Antes da 9:00h há bem pouca gente na rua, o que facilita as fotos. Na Marienplatz, há a famosa Neues Rathaus- nova prefeitura, que além de ponto turístico abriga um escritório de turismo em seu pavimento térreo. Vale a pena conferir mapas e dicas de passeios. Todos os atendentes falam inglês, sem stress.

Neues Rathaus em reformas e a torre da glockspiele.

A Rathaus estava em reformas, mas foi possível ver a dança dos bonecos que ficam na torre central. Esta dança, chamada de Glockenspiel, acontece duas vezes por dia, às 11:00h e as 17:00h e muita gente vem para vê-la. Todas as pessoas da praça páram para ver e ouvir. Imperdível.

Cachorros em todo o lugar. No açougue, na Viktualienmarkt, alguém achou um jeitinho de estacioná-lo!
Muito próximo da Marienplatz, fica o realmente imperdível Viktualienmarkt. É uma feira livre muito organizada, ao redor de um gigante biergarten- jardim da cerveja. Neste local vende-se, além de cerveja, pães, mel, verduras, sucos, conservas, artesanto e muitas coisas legais. É tudo muito organizado, onde os moradores almoçam, conversam e descansam. É bem arborizado, você pode pegar um prato e sentar, curtir.
Há algumas mesas reservadas para as barracas de salsicha e batatas, pratos típicos. Mas se você sentar nestas meas, deverá pedir seu prato à garçontete. O problema é que o cardápio é em alemão e a garçonte só sabe falar "not self service" em inglês. Dá para passar muito tempo neste local. Adoramos.

Biergarten da Viktualienmarkt. Adoramos.

Viktualienmarkt

A feira, com verduras belíssimas e outras que são típicas da Europa.
As cervejas e seus copos gigantescos são um capítulo a parte, e quem como o Johny, aprecia a bebida irá adorar. A dose mínima é de 500 mL, mas como se está no paraíso das cervejas, o caneco de 1 litro não pode passar em branco. Além do Viktualienmarkt, também fomos à Cervejaria Hofbrauhaus, que à noite possui bandas típicas para animar a galera. Parece um pavilhão da Oktoberfest de Blumenau, cheio de mesas, mas sem nenhum espaço para dançar. Eles não dançam como nós, não...
Johny muito feliz levantando seu caneco de 1 litro de cerveja.

Para quem, como nós, possui famílias com origem germânica e vê pratos típicos alemães desde que nasceu, não poderia deixar de provar alguma iguaria direto de Munique. Então escolhi uma salsicha pela aparência e a bradwurst, vermelha e assada, foi a melhor pedida. Acompanhamento, podia escolher pretzel, salada de  batatas ou sauerkraut, o nosso popular chucrute.

Eliziana em pose com o caneco (só para foto, pois não bebo cerveja), bradwurst e pretzel.
Para chegar a alguns lugares, precisamos andar de metrô. Os metrôs e trens de Munique são muito organizados, fáceis de andar. Como queríamos muito ver a Allianz Arena, palco de jogos da Copa do Mundo da Alemanha-2006, pegamos o metrô e com o mapa em mãos não teve erro. A construção destaca-se por si só. Essa é uma das maravilhas da arquitetura, a mudança da paisagem e a valorização do espaço urbano.

A construção realmente impressiona e vale a pena andar bsastante até chegar no estádio. O projeto é do premiadíssimo escritório suíço Herzog e de Meuron. Entramos no estádio, tiramos algumas fotos e depois fomos ao Parque Olímpico.
Allianz Arena


Allianz Arena e seus painéis de vedação em forma de diamante, que dão uma aparência única à edificação.

Já cansados de tanto andar, fomos de trem ao Olimpiapark, o parque Olímpico constrúido para as Olimpíadas de 1972. É um lugar lindo, muito utilizado pelos moradores de Munique para caminhar, praticar esportes e fazer um happy hour. Incrível constatar que, mesmo nos dias de hoje, todo o complexo, projetado no início da década de 70, ainda continua muito moderno, com suas estruturas de aço e seu policarbonato curvo. O local é belíssimo e imperdível.

Anexo ao parque, há o BMW Museum, que estava em construção em 2007, mas em 2009 estava aberto e pudemos visitar. Vale a pena.
A artquitetura do Olimpiapark, edificado para as Olimpíadas de 1972.

FÜSSEN- SCHLOSS NEUSCHWANSTEIN

Este foi um destino que descobrimos, conversando com nosso colega Ronis, que morou na Alemanha, e nos disse que este era um lugar imperdível. Os guias de viagem não dão destaque ao lugar, por isso vale muito a pena falar com quem já viajou antes de montar um roteiro.

Não poderíamos passar sem conhecer este lugar. Um dia de viagem deve ser reservado para o passeio. Pode-se pegar um trem na estação central e em uma hora chega-se à pequenina cidade de Fussen. Lá pega-se um ônibus, que já está esperando na estação, rumo à base da montanha onde se localiza o castelo. É lá que compra-se os tickets para entrar e há restaurantes, pousadas e lojinhas de souvenires.

O lugar parece ter saído de uma pintura. É muito bonito e as construções típicas, dão um ar de romantismo à paisagem. Não é a toa que o lugar faz parte da Rota Romântica alemã.
Não é lindo este lugar? A caminho do Scloss Neuschwanstein .
Chegando ao castelo, escolhe-se um idioma para fazer a visita guiada. Há em inglês, espanhol, mas em português, nein, nein.. Assim, aprende-se tudo sobre a história do lugar e da construção. Foi lá que viveu o Rei da Baviera, Ludwig II, e o castelo é muito suntuoso por dentro.  Uma maravilha ainda mais se considerarmos o difícil acesso ao local e a data de construção 1869-1886.
Schloss Neuschwastein

A entrada do castelo

A caminho do castelo

JAGERHAUS- hotel e restaurante, na base da montanha do castelo.
A subida da montanha não é fácil. Pegamos um microônibus até um ponto da montanha e de lá todos devem ir a pé. Não recomendo ir a pé desde a base, é muito longe. E o trecho obrigatório que se deve ir a pé é bem difícil e íngreme. Acreditem, idosos, crianças e cardíacos, nem pensar...

Um comentário:

  1. Parabéns pela viagem, ótimas dicas. Qual empresa de trem que faz Veneza para Munique? Precisa comprar com antecedência? Abs.

    ResponderExcluir